Tudo começa numa região de mangue coberta por águas salgadas onde quatro crianças brincam de maneira simples e criativa.
Descalços, valem-se da liberdade para correr sobre entulhos e nadar nas águas. As casas, a escola e a rua alimentam sentimentos de respeito, amor e solidariedade que ajudam a desenvolver suas personalidades; a inveja, o ciúme, a vaidade, o ódio e a vingança não existem em seus corações e mentes.
Enki é uma dessas crianças que ainda bebê fora contagiado pelo pólio vírus, doença que o deixou paraplégico até o fim da vida.
Tendo carregado a paralisia infantil por anos, essa situação não impediu que uma linda menina se apaixonasse por ele, um sentimento contido e despretensioso que vinha desde os oito anos de idade.
Já na fase adulta o noivado foi realizado, mas Enki só poderia contrair matrimônio após a conclusão dos estudos do curso de medicina, que ficava a mais de 2.900 quilômetros do bairro México 70.
Mesmo diante de tragédias e obstáculos, o elo de amizade sempre permaneceu equilibrado. Entretanto, um episódio guardado há anos seria desvendado deixando todos assustados e perplexos.