Ser humano realmente é parecido em qualquer lugar do mundo, e minha percepção da fragilidade que temos diante do imponderável me deixa claro o quanto ainda somos despreparados para situações em que nossos limites são testados.
Ainda não consegui assimilar a realidade de que, de alguma forma, escapei da morte; não desenvolvi um sentimento específico em relação a isso. Precisamos de tempo para acreditar e aceitar determinados acontecimentos. Perder um voo que desaparece e posteriormente é sabido que caiu no oceano sem sobreviventes, talvez esteja mais para um acaso do que para um evento que me atinja. Mas, creio, não seja só isso. Repensar e questionar cada fato passou a ser essencial, vital, no sentido de buscar sempre a razão para a vida, mesmo que essa busca seja infinita.