Conheci o Gabriel Pereira no jornalismo.
Eu, como assessor de imprensa e ele, como repórter do jornal A Cidade. Logo aprendi a admirar seu trabalho e criamos uma ótima relação profissional, com respeito, ética e muita afinidade.
Até por isso, foi um prazer ler a sua obra em primeira mão e uma honra poder apresentá-la aos leitores.
Neste livro, você encontrará uma coletânea leve de ideias, lembranças, sentimentos e desabafos de um jovem adulto sobre experiências vividas diante de suas limitações físicas.
Muito longe de apresentar um tratado sobre superação e tampouco destilar um amontoado de lamentações, ele nos traz seu dia a dia temperado com (mal) humor ácido em forma de crônicas curtas e diretas.
Os textos das próximas páginas ignoram o que chamamos de politicamente correto e mostram um estilo mais maduro do que conhecemos em “Antes dos 30”, seu primeiro
livro. Fazer literatura tem se mostrado uma excelente “fisioterapia” para a escrita do Gabriel, para nosso proveito.
As mensagens desta obra me fizeram voltar à experiência de ter convivido com os atletas na Vila Paralímpica durante os jogos de Sidney, em 2000. A simplicidade com a qual Gabriel vê e enfrenta suas dificuldades e limitações são um golpe de mestre na ignorância e no preconceito.
Cada história é suave e agradável o suficiente para conquistar boas risadas, ao mesmo tempo que forçam o leitor a refletir sobre seus próprios erros e acertos.
Daniel Navarro Betonico