Aos setenta anos, Mário, personagem de ficção, encontra ocasionalmente um antigo conhecido que o presenteia com o desenrolar de acontecimentos supostamente vividos por ambos no passado e constacta que nada do que foi debitado corresponde ao que tem transportado como certo. Interroga-se se todos episódios que recorda não serão quase nunca consistentes com recordações alheias, essas seguramente mais fiáveis, ou talvez não.
Disposto a trabalhar um passado recheado de pesadas falhas, pequenos sucessos e muita sorte, aventura-se a um relato baseado em impressões mais ou menos dispersas de uma existência sem grandezas ou misérias que justifiquem biografia.