Todas as coisas em mim traz poemas premiados em concursos, selecionados para Antologias nacionais e internacionais, escolhidos para jornais e revistas; entretanto, a grande maioria é inédito. Cada um deles, à sua maneira, revela momentos significativos da existência como a dor do amor não correspondido, os impulsos e desejos da carne, o cansaço da vida vazia, o terror de não viver tudo o que se deseja, a saudade até daquilo que não se teve, a angústia contida na insegurança, o pavor do abandono, de existir sozinho, de morrer sozinho.
Os poemas que compõem Todas as coisas em mim carregam o peso dessa revoada de emoções e talvez por isso sejam obras inflamadas de pesar, de desespero, de agonia e
desassossego pulsante. Todavia também entregam a esperança no amor, na vida, na verdade, nos relacionamentos revelando a pungência de existir num mundo que nos desafia a todo
momento.
Por ser um livro de dor, também é um livro de luta e o incômodo que porventura cause é justamente por ambicionar espelhar um coração trespassado que padece e sangra, mas, acima
de tudo, que ama.
“É na morte de cada eu que carrego em mim que renasço e me reconheço, é no transbordar da incompreensão das vicissitudes cotidianas que encaro o turbilhão de sentimentos que me habitam e me ressignifico.” (a autora)
