Portugal Maltratado - Lisete Larsen

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Sinopse

Em Portugal, deparamo-nos infelizmente com a preocupante tendência para não se defender com verdadeiro empenho os oprimidos dos opressores nas mais diversas situações da vida em que os primeiros não têm poder ou estatuto social para contrariar tal tendência. 

Tal problema deve-se em muitos casos à (in)ação do Estado Português, através do seu Ministério Público, pela sua falta de empenho eficaz na defesa e proteção de quem foi gravemente lesado por terceiros.

Sabe a Autora deste livro na primeira pessoa o que é vivenciar a ineficácia, a displicência, na defesa da sua pessoa e dos seus direitos, em casos de enorme gravidade onde foi vítima em episódios de violência física, psicológica e moral, eventos onde o homicídio qualificado marcou infelizmente presença, perpetrado no sítio que deveria ser dedicado ao amor, ao descanso: o leito. 

Decorria a primavera de 2001. Do trágico evento resultaram duas menores órfãs de mãe tendo inclusive a mais velha (a Autora deste livro) ficado ferida no mesmo leito ao tentar proteger a sua Mãe. Uma miríade de factos e ocorrências antecederam e sucederam a esse trágico e traumático acontecimento em cenário familiar nos quais o Estado não agiu de forma a eficazmente defender a autora e a sua irmã ainda criança, tendo em conta as suas leis e os direitos dos seus cidadãos.

Muito mais se esperaria do Ministério da Justiça (que na altura era liderado pelo atual primeiro-ministro). 

Facto, entre muitos, também perturbador: a seguradora que contratualmente tinha obrigação de completar o pagamento do apartamento desta família à CGD em caso de falecimento de um dos cônjuges, tentou não o fazer o que colocaria a Autora da presente obra sem teto, isto depois dos dramáticos eventos já referidos... Só conseguiu a Autora contrariar tal vergonhoso desfecho graças ao empenho e apoio jurídico que lhe foi prestado por um Advogado de Bem, tendo este provado que a seguradora era contratualmente responsável pelo pagamento remanescente do apartamento à CGD. Para evitar tal situação dramática, bastava o Ministério Público ter comunicado em nome das 2 menores à seguradora o falecimento da sua Mãe.

Muito poucos de nós alguma vez imaginaríamos tais acontecimentos ocorrerem nas nossas vidas.

Do Estado nem um pedido de desculpas nem qualquer indemnização, tendo em conta que o homicida não tinha meios para indemnizar a Autora e devendo o Estado num caso destes de  vítima de crime violento de uma enorme gravidade substituir-se àquele na devida indemnização. Outro dado de realce: o autor do assassinato herdou a maior parcela da casa fruto de ser considerado inimputável na altura dos trágicos acontecimentos.

Merecia Lisete Larsen uma obra que condignamente descrevesse a autêntica epopeia que foi a sua adversa vivência durante décadas. Estão estas minhas palavras de dor e de revolta ligadas com sinceridade e admiração às Palavras sofridas desta que é a obra de estreia da Autora. 

 

Filipe Larsen

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