O Beijo Tulke é uma prosa descrita em primeira pessoa, onde Kay, o protagonista, conta sua história para o interlocutor. Uma jornada com os seus detalhes confidenciados. Numa ótica particular, as emocionantes descobertas do personagem principal serão expostas quando a trama encerra desfechos surpreendentes. O enredo se desenrola sobre um palco de conflitos mentais e físicos entre guerreiros e a hierarquia dos clãs, dos magos, dos feiticeiros e das criaturas do Mundo Antigo. O confronto deles ocorrerá nos dois continentes conhecidos.
Filho de um mago diáfano e herdeiro de uma profecia que lhe traz poderes e grandes responsabilidades, ele questionará a liberdade, visto que não é livre para pensar, agir e amar. Assim, ele será compelido a buscar dentro de si os reais significados do amor proibido pelo seu melhor amigo. Tradicionalmente, no clã Tulke todos devem escolher as suas parceiras definitivas para, somente, com elas compartilhar os seus sentimentos afetivos por toda a vida.
Insensato seria não reconhecer o importante papel dos vilões, o mago sombrio e outras personalidades complexas, que à sua maneira, também, lutarão por aquilo que acreditam. Nesse ponto, doses de questionamento são inseridas pelo autor, fazendo com que o interlocutor conheça cada personalidade intimamente.
Nesta narrativa, a dicotomia do bem e do mal, do real e do imaginário pode surpreender até mesmo o mais sensato dos seres pensantes. Afinal, esta é uma dança para dois, uma história do antes e do depois, uma misteriosa interação psíquica entre dois personagens de mundos diferentes. Mas, um deles terá de fazer uma escolha incomum. O que será que ele escolherá? E, como saberá se a verdade ou bem que julga fazer estão, indubitavelmente, corretos? Afinal, o que é a realidade? Eu lhe asseguro que antes do desfecho desta jornada, você perceberá que jamais voltará para o seu mundo do mesmo jeito.
