Depois de muitos anos no Brasil, para onde emigrou jovem a fugir da segunda guerra, como tantos outros, e onde teve um aprendizado cheio de percalços, o Aires visita a terra natal, uma típica aldeia serrana, encravada bem no coração do Maciço da Gralheira, separando as serras da Freita e Arada. Conhece a Luísa durante a viagem, e descobre que ela vai para lá conhecer os cenários dos livros de um autor amigo também natural de lá. Ela fala-lhe sobre os temas que os livros tratam: que a sua aldeia já está deserta, como tantas outras; que a vida lá era muito difícil, mas solidária; que o regime político da época a condenou ao abandono... Ao chegarem ele vê sua antiga casa desmoronada, em completa ruína. Ficam na pousada, o que vai mudar suas vidas. Em paralelo analisam problemas e fatos históricos do Brasil e de Portugal. Os dois revivem, cada um a sua maneira, os encantamentos da região, as músicas, as agruras e os sofrimentos de quem ficou e de quem partiu. Resta saber se ambos terão motivos para regressar ao Brasil...
