Hoje ao me virar ia esbarrando com uma senhora. Educadamente disse “desculpe” a senhora respondeu “não desculpo”. Fiquei para responder? Não! Mas interiormente respondi
– Não desculpa?! Azar...vai para o raio que te parta...
Era março de 2019. Um dia de trabalho complicado, leva-me à escrita. Com o “caso das pilhas”, dá-se início a uma aventura com direito a desabafos, quase diários, de estórias que eram nada mais que um momento de catarse. Dias enervantes, são inspiração. Muitos relatos na primeira pessoa de situações caricatas. Outras, nada mais, que momentos reflexivos.
Algum humor e sarcasmos são os ingredientes desta composição.
Chegou 2020. O ano que nenhum de nós queria ter vivido.
Neste livro, há uma rotina antes e durante a pandemia.
Há uma Maria antes e depois. Uma Maria com capacidade para se desligar da selva do consumismo e capitalismo.
E depois, há uma Maria que num dia muito mau, chega a casa e diz
– “ou me despeço ou morro a trabalhar.”
Nesse dia o trabalho passou a ir todos os dias comigo para casa. E, fazia questão de ficar debaixo da almofada, a aterrorizar as noites.
Pós Covid, há um conjunto de desabafos, apelos, pedidos de socorro. Neste livro, é possível conhecer uma rotina que de inofensiva, passa a doentia.
Um relato que começa por pegar no ilustre cliente, que com os seus comportamentos se assume como personagem caricata e acaba na introspeção silenciosa de uma funcionária cansada e doente.
