Uma proposta de leitura das diferentes matrizes urbanas nos diferentes espaços geográficos africanos de acordo com as características culturais e técnicas dos povos que os habitaram e dos suportes físicos dessas regiões até às alterações introduzidas pelos europeus, determinantes na construção dos espaços urbanos do continente.
Estas cidades transpuseram para o continente formas de construção e de domínio do espaço marcadamente europeias que, com o tempo, se adaptaram simbioticamente aos espaços e climas que encontraram, impondo a sua adopção a culturas pré-coloniais existentes, provocando a erosão da construção económica, social e cultural característica dos seus aglomerados, alterando por completo o paradigma urbano naquele continente.
A abordagem assenta numa linha comparativa entre os espaços urbanos pré-coloniais e os do advento do colonialismo, distinguindo as diferentes formas de intervir no território quer de africanos, quer das diferentes esferas coloniais europeias.