O que toca e fica, o que toca e vai... no vento, no ventre. A pele: Órgão | Sentido |
Vestígio | Por um lado nos aparta do mundo, por outro nos permite contatos. Envoltório - de
quê? Reduto de nichos a serem percorridos, espaços a serem descobertos – esconderijos?
Miudezas de sinais, texturas, pelos. Onde pele, que se sinta. Em coceiras, inquietude. Em
arrepios, declaração. Sentido revestimento de sentidos, nos orienta nas vontades, nas
diluições: transbordância. Da profunda solidão de quem experimenta viver na pele, à flor da. No
todo-do-dia, esse cotidiano delicado e sutil dos feixes de luz. Desconcertos nas leituras à
esmo: abrir secreto de páginas, como o abrir de uma manhã após a outra. Rugas – sulcos na
terra das muitas peles; no despir, as marcas do contato nas marcas. Pele é senda, é sina de
quem habita-se e se faz habitar.