Nunca mais esqueci deste nome, nem dela.
O amor é persistente, não nos abandona facilmente.
Nunca tive coragem de contar a verdadeira história do que houve no dia em que me afoguei e morri. Achava que ninguém acreditaria numa fábula como essa.
Preferi o silêncio.
Guardei a história e o segredo das sereias surfistas como um sonho bom. Mas passado tanto tempo, anos que nada significaram, ainda sinto vontade de revê-la e a necessidade de contar ao mundo o que aconteceu naquela tarde mágica.
Porque Dualina foi para mim a coisa, pessoa, sereia, peixe-mulher ou mulher-peixe mais importante que aconteceu em minha vida, mesmo que ela de verdade, talvez, nunca tenha existido.