“Subestimam nosso apego ao ridículo.”.
Aldiney Aguiar.
Influenciado por autores como Nietzsche, Pondé e, sobretudo, Cioran, o jovem escritor, Aldiney Aguiar, traz uma filosofia cinza; seus escritos estão permeados por uma descrença quase que absoluta. Neles, O povo, as instituições religiosas, a academia, a ciência, enfim, o mundo parece desprovido de razão e sentido. A verdade difundida por cada um de seus seguidores só demonstra o quão loucos são, pois, conforme o próprio Aldiney, “O louco está convencido de sua verdade”.
Munido de seu pessimismo aflorado, ainda faz considerações sobre política e sobre o sofrimento como o principal impulsionador do filósofo, do artista e do cientista, para ficar em alguns exemplos. Dessa forma, ainda reflete bastante sobre melancolia e morte.
Portanto, já em seu livro de estreia, Aldiney Aguiar adota a única postura que lhe cabe: a de escrever sem objetivo claro. Ele registra a insignificância das coisas, a falta de sentidos delas, mas, em nenhum momento, aponta para uma saída, talvez por ela não existir, talvez por ser indiferente a ela.
Parte do prefácio escrito por Kelvis Albuquerque