Nestes 36 contos e 6 crônicas, Lígia conduz o leitor ao âmago do mundo interior que habitamos, abordando temas como frustração, sonhos, vaidade, culpa e envelhecimento, entre outros. São narrativas construídas sob a ótica do antes ou do depois do grande momento, a partir de lugares que não esperamos e nos colocam diante do cético, do humano, numa espécie de vertigem que, ao mesmo tempo em que nos atrai, também nos repele. A primeira história, que dá nome ao livro, é ambientada num bar com ar de solidão e pessoas errantes. Nele, a autora dialoga com o título, imprimindo a ressignificação da palavra “redenção”. Em cinco contos, assume o ponto de vista de personagens masculinos, ampliando o espectro de sua exploração. Tendo a solidão como pano de fundo frequente, numa narrativa com carisma e personalidade, do rapaz que é uma ilha à mulher que devaneia diante de sua frustração; do sinistro paciente 37 à mulher que tem uma equivocada fé; da professora que encontra uma carta em meio a um livro ao jovem que vai pela primeira vez ao teatro, as criaturas deste livro estão sempre às voltas com seus fantasmas verdadeiros ou imaginários. Redenção é uma viagem onde o leitor é levado a partilhar experiências e emoções.
