A minha matemática.
Um poema é um animal – Aristóteles
Esta matemática
não é precisa.
Não converge nada.
Não constroe pontes.
Não liga os pontos.
Não acerta o target.
É matemática também difícil como a de Pitágoras.
Mas é de natureza estranha, errática, é também pura
(no sentido da origem dela), e é feita dessa substância mágica,
inexplicavelmente avessa à transformação em mercadoria – como já falou Leminsk.
É matemática sem números.
Sem equações, e, muitas vezes, sem explicações.
Mas, paradoxalmente, ela também busca um acerto de contas, uma função e uma solução. Cito o Roland Barthes para (tentar) fechar as contas:
“Essa função, talvez perversa, portanto feliz, tem um nome: é a função utópica”