Marcado por uma geração que considero desprovida de sentimentos e por uma sociedade onde é tabu ter uma posição política “demasiado radical”, onde não sonhamos nem devemos sonhar muito, lanço - no meio desta confusão - o meu primeiro livro de poemas originais - Dor, Amor, Utopia e Revolução.
Com poemas fortes, gráficos e altamente críticos, pretendo quebrar com normas castradoras, com o saudosismo com que olhamos para a história de Portugal, com a ideia de que vivemos num mundo feliz e seguro, com a ideia de amor platónico ou de haver quem não sofra com tristeza e dor.
No fundo, quebrar com a minha geração e com tudo o que ela representa, numa lógica de unir em torno deste livro, quem não se identifica com esta sociedade de emoções reprimidas e de grupos e classes oprimidas.