Fazer Poesia
Fazer poesia, inventar palavras, recriar significados, esperança revolucionária de poeta que desencadeia mudança na alma e na paisagem. Não importa se a paisagem é feita de coisas, de sentimentos, de relações, mas, é esse mundo inventado que faz tempo e espaço dançar numa infinita valsa cósmica e pousarem numa folha de papel... Ah, se os rabiscos permanecessem no livro impresso! Entre o rabisco e o livro está o ofício do poeta numinoso, fingidor, dionisíaco e sonhador.
Lapidar o instinto, a intuição e caminhar em busca da linguagem liberta de significados esperados, do poema puro e reconciliador do tempo mítico, festivo e inútil, tempo poiésis. O espiral do fazer poético é uma busca de libertação do poeta de sua obra, um desapego sofrido e gozado. Um gozo sem limites agora ao seu dispor! Reinventem!
D.L.