Alba César está acostumada a ser motivo de controvérsia. Um gênio da escrita para uns, um símbolo de bondade para outros, um demônio em terra para a maioria. Alba César é capaz de manter a compostura; para aqueles que não a conhecem, a apatia a domina. Ocorre que, por trás de sua falsa neutralidade racionalista, jaz a agonia de uma existência moralmente dubitável. Todos os dias, após certificar-se de estar sozinha em casa, Alba César chora. Eventualmente, ri: o que pensariam todos aqueles que a rotulam como perversa ao testemunhar sua vulnerabilidade?
Humanizá-la-iam, uma vez na vida? Alba César não pretende descobrir: dentre seus medos, o maior é a piedade.