Imagine um futuro onde a escassez de recursos obrigou as pessoas a repensar a forma de consumo. Onde a estética deu lugar à função. Um mundo de edifícios cinza sem janela ou acabamento, construídos de um material reciclável ecologicamente correto. Onde os alimentos são pastas nutritivas com texturas variadas e sem sabor. Para completar, todas as pessoas quando nascem recebem um implante de Realidade Aumentada. Com ele toda a realidade é coberta por um manto virtual. Sabe aquele apartamento sem janelas? Que tal uma vista para a praia? Quer trocar a cor das paredes? Sem problemas. E aquela roupa básica, que tal hoje ela ser um casaco, amanhã uma camiseta com estampa animada ou quem sabe um vestido. Maquiagem, acessórios, cabelo e sapatos tudo virtual, feito com um click, escolhido entre centenas de marcas que migraram para o online e agora produzem seus produtos virtualmente. Mesmo a comida, você escolhe o sabor que quiser. Quer comer bolo todo dia em todas as refeições? Só escolher em seu implante dentre as marcas disponíveis. E se não quiser fazer parte desse universo de marcas, tem a pirataria e seu universo paralelo. O mundo é agora, de fato, uma grande tela, viva a realidade que desejar.
Esse é o pano de fundo de “Zero”, romance de ficção científica que conta a estória de um homem pivô da próxima mudança de paradigma. A cada página, o leitor vai descobrir, por meio de uma jornada rumo ao autoconhecimento, que o valor da existência tem muito a ver com amizade, fidelidade, amor e, também, com a morte.
