Segue por uma íngreme e sangrenta arriba, uma parteira do povo. De mãos humildes, conduzida por crenças e costumes, carrega abençoada um dom divino e traz ao mundo uma criança à sombra de um milagre. Ao olhar da Nossa Senhora do Rosário, um pequeno pedaço de terra deitado em mar revolto, resiste na dor e na insegurança. A crueldade espreita e se deita em calamidades. A ilha treme, ressoa a inquietação e o medo, ferozmente ceifa vidas, e deita ao mar todo o sacrifício de uma vida. A insegurança e o temor surgem por todo o lado, é a debandada nos confins da dolorosa emigração. Uns têm sorte, outros não, mas a força das raízes apela. Longe, vai a saudade da juventude e regressam em ventos de esperança e relembrada felicidade. Humildes abraços de atrasadas alegrias, reacendem os corações e o amor acontece.