O Romance aborda o quanto prejudicial o egoísmo, o preconceito e a discriminação à pessoa humana. Roberto Luís teve uma vida difícil em sua trajetória. Sua mãe, Ângela, moça do interior, humilde de uma beleza sem igual, apaixonou-se pelo filho da casa, Roberto; filho de Constância, uma mulher arrogante e preconceituosa casada com o juiz Nicolau. O rapaz também se encantou com a moça. Ambos namoraram às escondidas até que a mãe descobriu e mandou embora de sua casa juntamente com Maria, uma empregada antiga, que serviu de babá do filho. Ângela, grávida, não fora aceita pelo pai que a expulsou de casa sabendo da gravidez da filha. Pelejou pela vida sem recursos. Morreu no parto do filho, Roberto Luís; que fora criado por Maria, antiga babá, até a adolescência. Roberto Luís, órfão, sem apoio e entre traições e ainda jovem, não encontrou meio de sobreviver sem ajuda, entrou para o mundo do crime reencontrou com Ail, uma antiga namorada, que fez mudar de vida, porém, estava tão envolvido que não tivera tempo. Nessa trajetória, conheceu seu pai. Roberto Luís foi assassinado na prisão e deixou um filho que não conheceu. Esse o final desse enredo poderia ser outro se membros da sociedade fossem menos críticos, egoístas e discriminativos. Uma sociedade, que julga e condena, mas não dá oportunidades e dessa forma só, traz conflitos. Daí, a herança do mal.
