A Alegria do Evangelho na Nossa Paróquia - Serafim Falcão

A ideia de escrever a “ALEGRIA DO EVANGELHO NA NOSSA PARÓQUIA” surgiu-me de supetão, após a leitura das primeiras páginas, confesso, apenas por curiosidade, da Evangelii Gaudium do Papa Francisco. Surgiu-me como que um grito alegre, pacificador de alma, uma confirmação e até aprovação do já realizado — uma pré-concretização, um tanto na letra, totalmente, no espírito — nas Paróquias de Cristo Ressuscitado da Malanga e de S. João Baptista do Bairro do Fomento, criada alguns anos antes daquela. Assim teria que ser, porque ambas se orientaram pelo Concílio Vaticano II de que a mesma Exortação é um imperativo gritante à sua ainda…não concretização pastoral.

Se o Concílio Vaticano II foi um tremor de terra que se fez sentir, quer na Igreja quer na Sociedade Civil Mundial, a Exortação Apostólica do Papa Francisco, Evangelii Gaudium, foi a sua réplica. O Papa Francisco é o novo “Anjo do Senhor” (Mt 28:2), que pretende remover todas as pedras; não “sentando-se sobre elas”, mas mandando-nos “ir para as periferias”, com o Evangelho, “não em segunda mão”, mas sim “cheirando a ovelha”, “sublinhando que aquilo que pretendo deixar expresso aqui possui um significado programático e tem consequências importantes. Espero que todas as comunidades se esforcem por usar os meios necessários para avançar no caminho de uma conversão pastoral e missionária que não pode deixar as coisas como estão. Neste momento, não nos serve uma simples administração” (E. Gaudium, nº.25).

É neste número que eu me coloco — já em 1981 me coloquei e actuei — e já foram antes estas mesmas expressões que me deram e dão vida, entusiasmo e sentido pastoral, sentindo que esta não podia continuar como estava, e está, e concluindo que já naquele “momento, não me servia uma simples administração”. Fui e sou sincero: “Sim, Sim; Não, Não”. “Para ser grande, sê inteiro”, diz Pessoa. E “cada pessoa deve ser total, completa, e ter liberdade para o ser” (Agostinho da Silva).

“A hipocrisia não tem coragem de enfrentar a verdade; não é capaz de amar verdadeiramente” — Papa Francisco.